Gogo Korogiannou: Olive Tree
Sobrevivo com uma pinga de água.
Um olhar de quem passa dá e sobra
muitos meses, um sorriso me basta
para reverdecer por longos anos
- a minha copa foi feita de sonho
e de coisas exactas e tão negras
como pequeno bago de azeitona.
Sinais minúsculos e trespassados
de luz na cerração densa da morte.
Vi romanos, e moiros, e judeus:
o par de mansos olhos do Cordeiro
no meu tronco perdura até ao fim.
Sobrevivo com uma pinga de água.
Um olhar de quem passa dá e sobra
muitos meses, um sorriso me basta
para reverdecer por longos anos
- a minha copa foi feita de sonho
e de coisas exactas e tão negras
como pequeno bago de azeitona.
Sinais minúsculos e trespassados
de luz na cerração densa da morte.
Vi romanos, e moiros, e judeus:
o par de mansos olhos do Cordeiro
no meu tronco perdura até ao fim.
José António Almeida
lindo... vida de coragem!
ResponderEliminarbeijo
Muito bonito Zé Rui,
ResponderEliminarSe algumas Oliveiras falassem... falariam de muita angustia e dor... como as que estavam num determinado monte há mais de dois mil anos...
beijinhos
claudia
vidas que do pouco fazem muito
ResponderEliminarum beijo
As árvores... contam histórias de vida... e de morte...
ResponderEliminarFabulosos poema. Bj
No silêncio e sempre em silêncio, elas dão-se à vida, sua e nossa, conscientes da importância que têm,sem alardes, sem grandezas, vestidas de amor e de alguns frutos, para no-los ofertarem e se ofertarem, completamente,das folhas à raiz, no acto suprem da dádiva perfeita!
ResponderEliminarBjs.
M.M.