das fontes quando anoitece.
Era o corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce
Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos.
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar.
Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
a um ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.
E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava.
Na Flauta de bambu: Manose (Flautista Nepalês)
Tu e as flautas! Amanhã ouço. Hoje já não posso fazer barulho!
ResponderEliminarNão conheço muito de Eugénio de Andrade mas este poema é belíssimo. E a música... intemporal...
ResponderEliminarBeijo
Gosto um pouquinho muito mais dos teus outros conselhos musicais. Gwendal tem feito um enorme sucesso!
ResponderEliminarEugénio de Andrade que adoro, ao som da magia.
ResponderEliminarObrigada e beijo.