
Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
in Os Sulcos da Sede
Mais barato... ah, o genérico, o Alprazolan!
ResponderEliminarMas Eugénio de Andrade é ainda mais relaxante e como menos efeitos nocivos. Ainda assim, pode criar uma saudável dependência...
Cumprimentos
Lindo o poema,maravilhoso o lago!
ResponderEliminarAbraço
Tem recadinho, lá no meu canto.
ResponderEliminarAbraço
Adoro... posso até dizer sem pudor AMO Eugénio de Andrade.
ResponderEliminarBela escolha!!!
bjs
Tanta vez nos encontramos à beirinha da água, a morrer de sede!...
ResponderEliminarSempre belos os poemas e Eugénio de Andrade.
Bk.
Maria Mamede