Perguntei a um sábio,
sábado, 29 de novembro de 2008
Perguntei a um sábio
Perguntei a um sábio,
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
O que estou a ouvir
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Avondano Ensemble
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Jacinta - Convexo
(Clicar na imagem para a ver ampliada)
Poema para Galileo
sábado, 22 de novembro de 2008
Bom e barato!
Douro: Lello 2006 (4,5)
Vinha Regia 2005 (4,5)
Beiras: Terra Franca 2006 (4)
Távora-Varosa: Terras do Demo Reserva 2003 (4,5)
Bairrada: Selecção de Enófilos 2005 (4)
Dão: Casa de Santar 2005 (4,5)
Beira Interior: Quinta do Cardo 2005 (4)
Estremadura: Portada 2006 (4)
Ribatejo: Quinta da Alorna 2006 (4,5)
Terras do Sado: Meia Pipa 2006 (4,5)
Palmela: Dona Ermelinda 2006 (4)
Alentejo: Tinto da Talha 2005 (4,5)
Reguengos Reserva 2005 (4,5)
Anta da Serra 2006 (4,5)
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Ergo uma rosa...
Como a lua não faz nem o sol pode
Cobra de luz ardente e enroscada
Ou vento de cabelos que sacode
Ergo uma rosa e grito a quantas aves
O céu pontuam de ninhos e de cantos
Bato no chão a ordem que decide
A união dos demos e dos santos
Ergo uma rosa um corpo e um destino
Contra o frio da noite que se atreve
E da seiva da rosa e do meu sangue
Construo perenidade em vida breve
Ergo uma rosa e deixo e abandono
Quanto me doi de mágoas e assombros
Ergo uma rosa sim e ouço a vida
Neste cantar das aves nos meus ombros
Conhecido o poema e seu autor, descobri agora um cantor e uma bailarina que lhe deram mais vida: Luis Pastor e María Pagés
A versão de Luis Pastor:
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Militango
A palavra falada-cantada, a música e a dança, são as linguagens particulares de Militango, um espectáculo de «Teatrova» que propõe uma realidade cénica na qual tudo se subordina à poesia. Assim, músicos, bailarinos e actriz formam um todo único que nos aproxima a um dos maiores criadores do século XX: Astor Piazzolla.
Militango, (obra que dá título ao espectáculo) é um tango «apocalíptico» para um novo milénio. Crítica às estratégias triunfalistas das elites que pretendem substituir a ética pela tecnologia.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Pe. José Kentenich - 123 anos
Nascido em Gymnich, Alemanha, a 18 de Novembro de 1885, virá a entrar em 1906 na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallottinos). Dois anos depois da sua ordenação sacerdotal, é nomeado em 1912 director espiritual do Seminário de Schoenstatt, onde veio a fundar o Movimento Apostólico que daí recebeu o nome. Perseguido pelo regime nacional-socialista, foi preso e passou vários anos no campo de concentração de Dachau. Após o fim da guerra, dedicou-se a fomentar o crescimento do Movimento de Schoenstatt noutros países. Faleceu em 1968, depois de ver a sua Obra examinada e finalmente aprovada pela Sé Apostólica. Sobre o seu túmulo está gravada a inscrição: Dilexit Ecclesiam (Amou a Igreja).
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Ode à Alegria
ODE À ALEGRIA
[Meus amigos, paremos com estes sons!
Levantemos aos céus cânticos mais belos,
E plenos de alegria!]
Alegria, a mais bonita flama dos deuses,
Filha de Eliseu,
Inspirados pelo fogo, entramos
No teu templo glorioso.
O teu fascínio aproxima
Aquilo que o mundo separa;
Todos os homens se tornam irmãos
Quando as tuas suaves asas nos conduzem.
Quem conseguiu o bem supremo
De fazer amizade com um amigo,
Ou obteve uma doce esposa,
Esteja connosco em grande júbilo!
Sim, quem apenas uma alma
No mundo possa chamar sua!
Mas quem não o puder fazer,
Chorando, abandone então estes lugares.
Que todas as criaturas bebam a alegria
Nos belos seios da Natureza;
Todos os justos, e os injustos,
Igualmente provem o gosto do seu dom.
Ela deu-nos beijos e bom vinho,
E um amigo garantido até à morte.
Igual volúpia foi concedida aos próprios vermes,
E os Querubins surgem de pé perante Deus!
Alegres, como os corpos celestes
Que Ele colocou nos seus cursos
Através do esplendor do firmamento;
Assim, irmãos, vós deveis seguir vosso caminho
Como o herói avança para a sua conquista.
A vocês, milhões, eu dou meu grande abraço
Com este beijo para todo o mundo!
Irmãos, no mais alto dos céus
Deve reinar um Pai de amor.
Todos vós, milhões, vos prostrais?
Mundo, conheces o teu Criador?
Procura-0 então nos céus!
Ele deve habitar por sobre as estrelas.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O que estou a ouvir
“O resultado é, a meu ver, um dos álbuns mais comoventes que se gravaram em Portugal nos últimos anos, em qualquer género musical, e uma proposta artística que é uma homenagem sentida aos povos lusófonos e à sua identidade colectiva no mosaico do Mundo."
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Por que conto eu?
Há reflexões, conhecimentos, opiniões, que devem ser partilhadas. Há quem apenas goste de o fazer numa esfera mais íntima. Foi também assim que o fiz sempre. Mas a dado momento comecei a perceber que as minhas modestas ideias poderiam contar para mais alguém. Hoje recebo mensagens de pessoas que nem conheço, dizendo que as minhas palavras, a minha escolha de poemas, de CDs, foram importantes para elas. Então não seria importante se todos nós falássemos mais uns com os outros? Quantos há com qualidades e capacidades muito superiores às minhas que deixam as suas palavras por dizer? E mesmo os mais simples e humildes, que histórias de vida não encerram neles e que ficam por contar?
No teu poema
No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida
No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E aberta uma varanda para o mundo
Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da Senhora d'Agonia e o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta de quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe o grito e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem falha
No teu poema
Existe um cantochão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano
Existe um rio
O canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra e um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta de quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do mundo
Existe tudo mais que ainda me escapa
E um verso em branco à espera do futuro
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Cantata Viva
Aconteceu no IX Encontro de Coros, Silves (8/10/2008).
Ao Paulo, um obrigado pelo seu trabalho que todos reconhecemos, apreciamos e agradecemos.
domingo, 9 de novembro de 2008
Os Amigos
e nos amam
olhamos para eles e são sempre
adolescentes, assustados e sós
sem nenhum sentido prático
sem grande noção da ameaça ou da renúncia
que sobre a luz incide
descuidados e intensos no seu exagero
de temporalidade pura
Um dia acordamos tristes da sua tristeza
pois o fortuito significado dos campos
explica por outras palavras
aquilo que tornava os olhos incomparáveis
Mas a impressão maior é a da alegria
de uma maneira que nem se consegue
e por isso ténue, misteriosa:
talvez seja assim todo o amor
De Igual Para Igual
E alegre se fez triste
E alegre se fez triste
Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem do teu rosto
E alegre se fez triste como se
Chovesse de repente em pleno Agosto.
Ela só viu dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Diário de Bordo
Diário de Bordo
Cá estou eu,
a julgar que vou remando...
Cá vai Deus a remar
E eu a ser um remo com que Deus
Rasga caminhos pelo Mar...
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Novembro
Neste mês Outonal em que as chuvas e o frio nos fazem tiritar, pensemos no que nos faz tiritar a alma. Será que as procelas, a agitação, as tempestades não ocorrem também nela? Sim, e não são um acontecimento sazonal, como na natureza. Na alma podem ser constantes, desencadeiam-se quando menos esperamos, e, seja Verão ou Inverno, é grande o arrepio interior.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Bilhetinho
Entra na minha vida e fica lá,
sem ocupar lugar.
Que eu não te veja com os olhos, querida,
que não sinta sequer que tu ficaste,
mas adivinhe que sem ti ali
à minha vida, quarto onde entraste,
nem ao menos podia chamar vida.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Fugas
O que estou a ouvir
Uma das cassetes que gravei, passaram já 30 anos e ainda a conservo, tem um dos concertos de Órgão compostos por Handel. Recordo-me que a ouvi vezes sem conta. Mais tarde vim a ouvir todos estes 6 concertos brilhantemente executados por Ton Koopman.
Tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com Richard Egarr nos Cursos de Música Antiga da Casa de Mateus, tocando na orquestra dirigida por ele. Desde há 20 anos que acompanho o seu fabuloso percurso, em que nos tem brindado com extraordinários trabalhos. Dirige agora a Academy of Ancient Music, sucedendo ao admirável Christopher Hogwood.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Desperta
Desperta com o sol, com a madrugada,
Desperta com o dia que aparece;
Sê com o orvalho e a luz recém-nascida
Mas, ao contrário deles, permanece.
As névoas se desprendem do que és;
Elas são só o que podemos ver.
Vem e entra nos nossos corações
E deixa aí a vida acontecer.
A manhã pertence ao mundo vazio;
Os homens aqui não chegam tão cedo.
Vem e deixa a vida desprender-se
Lenta, de ti, tal como o medo.
E em teu ser terrível nada mais:
Apenas tu, sem corpo ou alma, assim.
Verte o teu bálsamo na fronte triste
E faz a esperança cumprir-se em mim!
Poesia Inglesa II