Mosaic: A Celebration of Blue Note Records
Blue Note 28123 - January 13, 2009
Blue Note Records, a grande editora do Jazz, fez 70 anos a 13 de Janeiro. Dela se falará mais adiante através da trancrição de um excelente artigo do jornal Público.
Para comemorar o 70º aniversário, esta grande etiqueta convidou algumas das suas estrelas para formar um septeto (The Blue Note 7) e revisitar oito grandes obras do Jazz. Os convidados: Piano, Bill Charlap; Trompete, Nicholas Payton; Sax tenor, Ravi Coltrane; Sax alto/Flauta, Steve Wilson; Guitarra, Peter Bernstein; Contrabaixo, Peter Washington e na Bateria, Lewis Nash. De notar que os temas escolhidos sofreram um arranjo dos membros do septeto, com excepção para Search for Peace (McCoy Tyner) e Dolphin Dance (Herbie Hancock) As outras faixas: Mosaic (Cedar Walton, arr. Nash), Inner Urge (Joe Henderson, arr. Payton) Little B's Poem (Bobby Hutcherson, arr. Wilson), Criss Cross (Thelonious Monk, arr. Wilson), Idle Moments (Duke Pearson, arr. Bernstein), The Outlaw (Horace Silver, arr. Charlap).
Para comemorar o 70º aniversário, esta grande etiqueta convidou algumas das suas estrelas para formar um septeto (The Blue Note 7) e revisitar oito grandes obras do Jazz. Os convidados: Piano, Bill Charlap; Trompete, Nicholas Payton; Sax tenor, Ravi Coltrane; Sax alto/Flauta, Steve Wilson; Guitarra, Peter Bernstein; Contrabaixo, Peter Washington e na Bateria, Lewis Nash. De notar que os temas escolhidos sofreram um arranjo dos membros do septeto, com excepção para Search for Peace (McCoy Tyner) e Dolphin Dance (Herbie Hancock) As outras faixas: Mosaic (Cedar Walton, arr. Nash), Inner Urge (Joe Henderson, arr. Payton) Little B's Poem (Bobby Hutcherson, arr. Wilson), Criss Cross (Thelonious Monk, arr. Wilson), Idle Moments (Duke Pearson, arr. Bernstein), The Outlaw (Horace Silver, arr. Charlap).
A minha opinião: Temas com excelente execução, bons arranjos, mas sem grandes ousadias, denotando alguma fidelidade estilística e formal aos originais. É, contudo, um belo disco para nos fazer companhia ao serão e recordar tanto de bom que a Blue Note tem dado ao mundo do Jazz ao longo de 70 anos de existência.
Sobre esta efeméride, diz assim o Público:
Não foi a primeira editora exclusivamente dedicada ao jazz. Essa foi a Swing, criada em França em 1937. Mas a Blue Note Records é hoje a mais antiga ainda em actividade. Os seus fundadores, Alfred Lion – que fugiu da Alemanha nazi para Nova Iorque – e o escritor Max Margulis, estavam longe de imaginar que 70 anos volvidos, o selo de qualidade musical que edificaram continuaria a fazer as delícias dos amantes de jazz.
O “slogan” da empresa não engana: "The Finest in Jazz Since 1939". Os mais populares intérpretes foram gravando, ao longo das décadas, sob o selo da companhia: os saxofonistas Sonny Rollins, Dexter Gordon, Lee Morgan, Eric Dolphy e Ornette Coleman; os pianistas Thelonious Monk, Bud Powell, Horace Silver e Herbie Hancock; os trompetistas Fats Navarro, Miles Davis, Donald Byrd, Kenny Dorham e Freddie Hubbard; os guitarristas Kenny Burrell e Grant Green; o contrabaixista Ron Carter... A lista de talentos é quase infinita. O clarinetista Sidney Bechet e o pianista Earl Hines figuraram entre as primeiras assinaturas da marca, que acabou por se afirmar no mercado, depois de já se ter juntado a Lion e a Margulis o fotógrafo alemão Francis Wolff, outro judeu em fuga da Europa nazi.
A partir do momento em que o selo musical se começou a afirmar, as evoluções do jazz – que se foi misturando, experimentalmente, com o bebop, o hard bop, o soul, o rhythm and blues – fazem-se usando a Blue Note Records como montra. Os músicos vão passando a palavra, os donos de clubes dão rédea solta ao experimentalismo e a editora aproveita para se expandir.
Na década de 1950 juntam-se ao grupo original de fundadores mais duas peças chave na engrenagem da editora: o engenheiro de som Rudy Van Gelder e o “designer” gráfico Reid Miles.
Durante a década de 1970, já depois da retirada de Lion (em 1967) e da morte de Wolff (1971), a editora foi-se adaptando às novas sonoridades soul e pop, entrando numa era mais sombria e limitando-se a uma política de reedição, até que, em 1985, a Blue Note Records foi relançada, já sob a alçada da multinacional EMI e sob direcção de Bruce Lundvall. A cantora Norah Jones e, mais recentemente, Al Green, fazem parte dos nomes adicionados à parede da fama da editora.
Para celebrar os 70 anos da editora, uma banda contemporânea de respeitados músicos de jazz - agregada sob o nome colectivo de Blue Note 7, composto, entre outros, por Bill Charlap, Ravi Coltrane, Steve Wilson e Nicholas Payton – está a organizar um “tour”. Os músicos querem levar algumas das lendas musicais da editora a todos os cantos dos Estados Unidos.
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