domingo, 3 de maio de 2009

Quando eu nasci









Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram as veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais…
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.

As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém…

P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe…

2 comentários:

  1. Sebastião da Gama era/é um Poeta ENORME.
    Quanta simplicidade e quanta beleza, cândida e serena, neste poema.
    Dizer isto, deste modo, é só para alguns.

    Bj

    Maria Mamede

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  2. Fiquei encantada com este poema!

    Muito obrigada, pelas escolhas, sempre tão belas que faz!

    Céu

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