Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram as veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais…
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém…
P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe…
Sebastião da Gama
(1924-1952)
(1924-1952)
Sebastião da Gama era/é um Poeta ENORME.
ResponderEliminarQuanta simplicidade e quanta beleza, cândida e serena, neste poema.
Dizer isto, deste modo, é só para alguns.
Bj
Maria Mamede
Fiquei encantada com este poema!
ResponderEliminarMuito obrigada, pelas escolhas, sempre tão belas que faz!
Céu