Por um país de pedra e vento duro
Por um país de luz perfeita e clara
Pelo negro da terra e pelo branco do muro
Pelos rostos de silêncio e de paciência
Que a miséria longamente desenhou
Rente aos ossos com toda a exactidão
Do longo relatório irrecusável
E pelos rostos iguais ao sol e ao vento
E pela limpidez das tão amadas
Palavras sempre ditas com paixão
Pela cor e pelo peso das palavras
Pelo concreto silêncio limpo das palavras
Donde se erguem as coisas nomeadas
Pela nudez das palavras deslumbradas
- Pedra rio vento casa
Pranto dia canto alento
Espaço raiz e água
Ó minha pátria e meu centro
Me dói a lua me soluça o mar
E o exílio se inscreve em pleno tempo
Neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, deixo aqui uma ligação para o discurso do presidente da comissão das comemorações, António Barreto, por muitos considerado o melhor discurso ouvido por esta ocasião em vários anos. Vale bem a pena a leitura e reflexão.
Olá meu querido Amigo José Rui, boa tarde;
ResponderEliminartenho andado um pouco fugida, por motivos vários.
Hoje, numa pequena escapadela, aqui estou.
Obrigada por relembrar Sophia e este poema.
Beijo
Maria Mamede