Por ocasião do meu primeiro concerto pedi ao meu amigo Óscar Possacos (pintor e poeta) uma frase que ajudasse o público a recordar este concerto para lá das portas da sala. Então resolvemos colocar dentro de um envelope o programa, um poema e uma pena perfumada (todos ficaram intrigados com a pena!). À saída estava um enorme cavalete de pintura com a frase que desvendava o mistério: "Volta sempre com um pássaro no rosto e deixa sempre uma pena como quem não quer ir embora".
Esta frase tão significativa para mim, inspirou a minha amiga poetisa Maria Mamede a escrever um soneto que amavelmente me ofereceu. Tão belo e significativo, seria uma pena que não o partilhasse convosco! Agradecido pela surpresa que tanto me alegrou e honrou, aqui o transcrevo autorizado pela autora:
VOLTA SEMPRE!
Volta sempre meu Amigo, é tarde agora
vai-se a noite avizinhando; dentro em breve
o escuro cairá, tal como a neve
ou a pena, que o vento leva embora...
amanhã virás de novo, rosto-riso
com o pássaro do sonho no olhar
e apenas o sol será preciso
para o sonho ganhar asas e voar!
Mas vai! Voa se podes, vai em frente
pões no sonho a alma, a tua mente
e um pássaro no rosto, como agora
sê grande, sê perfeito, o mundo é teu
teus pés finca no chão, mas toca o céu
sê luz e rouxinol em cada aurora!...
Maria Mamede, 01/05/2009
Há vidas que são um poema,
ResponderEliminarHá poemas que são uma vida...
Assim é quem o criou,
Assim é o que nele está escrito!
Obrigado, Maria Mamede
Meu querido Amigo, emocionou-me!
ResponderEliminarObrigada por partilhar este poema, aqui, neste seu Espaço de Harmonia e Reflexão.
Beijos e a Amizade da
Maria Mamede