Correm as fontes ao rio
os rios correm ao mar;
num enlace fugidio
prendem-se as brisas no ar…
Nada no mundo é sozinho:
por sublime lei do Céu,
tudo frui outro carinho…
Não hei-de alcançá-lo eu?
Olha os montes adorando
o vasto azul, olha as vagas
uma a outra se osculando
todas abraçando as fragas…
Vivos, rútilos desejos,
no sol ardente os verás:
-Que me fazem tantos beijos,
se tu a mim mos não dás?
Trad.: Luiz Cardim
(1792-1822)
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