Goste-se mais ou goste-se menos, uma coisa é certa: devemos render-nos à evidência da apreciação dos especialistas. Render-nos não no sentido de "engolir", mas de considerar seriamente a opinião. No jornal PÚBLICO vêm hoje publicados importantes depoimentos que vale a pena ler na íntegra, do quais aqui coloco alguns recortes:
“É muito fácil explicar por que é que ele é o maior cineasta do mundo”, diz Bonnaud. “O cinema, mesmo quando é um grande cinema feito pelos maiores cineastas, obedece a um certo número de regras que são intocáveis. O que é fascinante em Oliveira é que ele não respeita regra nenhuma. É alguém que opera quase como se não tivesse havido cinema antes dele – é preciso inventar ou reinventar tudo. É como um primitivo italiano que tem de inventar a pintura porque ela não existe antes dele ou como Jean Dubuffet ou Picasso, que não se contentam com os códigos da pintura, mas que a querem reinventar o tempo todo.”
“Manoel de Oliveira é a mais bela anomalia do mundo”, escreveu Bonnaud em 2000, num texto para um catálogo do Festival de Turim sobre o realizador, e era, evidentemente, um elogio. Aí, o crítico francês demonstra como Oliveira não faz nada como ninguém.
“Não existem cinco cineastas que sejam tão livres assim”, diz Miguel Marías, ex-director da Cinemateca Espanhola, figura tutelar da crítica em Espanha (e irmão do escritor Javier Marías). “A única certeza que se pode ter é que cada filme seu será uma surpresa: nunca é convencional, é sempre atrevido”.
“Manoel de Oliveira é a mais bela anomalia do mundo”, escreveu Bonnaud em 2000, num texto para um catálogo do Festival de Turim sobre o realizador, e era, evidentemente, um elogio. Aí, o crítico francês demonstra como Oliveira não faz nada como ninguém.
“Não existem cinco cineastas que sejam tão livres assim”, diz Miguel Marías, ex-director da Cinemateca Espanhola, figura tutelar da crítica em Espanha (e irmão do escritor Javier Marías). “A única certeza que se pode ter é que cada filme seu será uma surpresa: nunca é convencional, é sempre atrevido”.
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