sábado, 13 de dezembro de 2008

Natureza, uma terapia

O trabalho abunda (felizmente, diremos!) e o tempo sempre escasseia. E assim vamos vivendo, em constante luta, sempre com esforço e em permanente tensão. Olhamos os diários e ali temos de caras a situação económica percária, a conjuntura mundial, os assaltos, os crimes, os negócios. A paz parece andar assustada, ou ela se afasta de nós ou nós dela. Ah, afinal estavam ali umas notícias, sem grande destaque, que com alguma boa vontade poderemos reter!
Até os divertimentos, socializados e poucas vezes sociáveis, encerram em si alguma tensão: horas fixas, espaços fechados, não incomodar os demais, estar calados a assistir ao que prepararam para nós.
Tudo isto se reflete no nosso espírito, com alguma caridade para com nós próprios lá dominamos os nervos, a ansiedade, a já referida tensão. Aguentaremos muito tempo? Lá vêm as psicoses, mal do século, exigindo um tratamento adequado.
Ah, como é preciso um passeio no campo, abrir a alma à natureza e reencontrarmo-nos com ela! Tão pouca gente ainda olha para as estrelas, procurando as constelações, ou a imensidão do mar, a grandeza das montanhas!
Faltará tempo, mas falta sobretudo disponibilidade interior para ir ao encontro da natureza que está lá à nossa espera. Não faltemos, será difícil viver desvinculado dela!

2 comentários:

  1. Os seus pensamentos são sempre uma lufada de ar fresco e renovado sugerindo sempre a reposição da equação da vida em termos mais humanos, o respeito pelo outro e pelo meio que suporta a vida.
    Hoje o dia está triste. O sol não mostrou a sua face, a chuva cai intensamente sobre a mata dos pinheiros e o seu peso também se abate um pouco sobre nós. Nesta "baixa" de espírito não me sai da ideia aquele poema tão bonito que todos aprendemos na nossa idade escolar(Balada de Neve de Augusto Gil) e que termina com uma "infinita tristeza".
    Há dias e mais dias . Amanhã vai haver SOL.

    Com amizade

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  2. Caro anónimo, fico feliz pelo seu apreço das minhas reflexões.
    Sobre a natureza, já o grande Mestre nos ensinava como ela serve de exemplo para a nossa vida: "olhai os lírios do campo..."

    Os meus cumprimentos e o meu desejo de que continue no "Eu conto" a contar também.

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