Ajudar o próximo nem é assim tão difícil! Uma contribuição monetária para uma instituição que lhe dará apoio, que tratará da sua saúde, e a nossa consciência fica tranquila! Mas se esse próximo está mesmo próximo? Quero dizer, se esse próximo está tão perto de nós que nos cruzamos diariamente com ele? E se for nosso colega? E se for um nosso amigo? E se até for nosso familiar? E se é alguém cujo olhar nos interpela, alguém que precisa de nós enquanto pessoa, e não dos nossos bens? E se ele nem for muito amável connosco, nem reconhecido para com o nosso gesto?
Ajudar o próximo torna-se assim em algo mais difícil, temos que ser nós a fazê-lo, de forma sincera e desinteressada, e não podemos "comprar" quem o faça por nós!
A esse ajudar o próximo chamaremos antes "amar o próximo", e o amor dá-se: não se compra nem se vende!
E o próximo ali está... tão próximo todos os dias!...
Este é o amor mais difícil...
ResponderEliminarOlá! Não resisti e vim dar uma voltinha pelos blogs. Amanhã vou cair de sono...
Susana, é na verdade o amor mais difícil.
ResponderEliminarOlha, conto-te ainda que fiquei a pensar neste assunto que me levou a escrever a mensagem, depois de ter ajudado uma vizinha de alguma idade, a colocar as suas compras no elevador. Ela vinha do hipermercado, com imensos sacos no carro, e ia tirando um a um. Eu ofereci-me para a ajudar, e ela olhou-me de forma admirada, como se nem contasse que alguém o pudesse fazer!
Lá peguei em meia-dúzia de sacos em cada mão, e coloquei tudo no elevador.
E vim para casa a pensar que as pessoas já não pedem ajuda, principalmente nestes meios urbanos, porque já nem contam com a bondade dos outros, mesmo sendo seus vizinhos!
E pensei ainda nos idosos que têm família próximo, e vivem tão longe dela...
Achei que devia partilhar aqui essa minha opinião epreocupação, e esperava o testemunho dos meus leitores... nem por isso, mas espero que pelo menos tenham pensado no assunto.
Vieste a uma hora tardia, mas ainda fizeste uma visita e deixaste umas palavras! Obrigado!
dar-te-ei a mão no silêncio,
ResponderEliminarna escurídão da noite,
quando não tiveres outra para apertar.
entender-te-ei os meus braços para um abraço,
no frio de um inverno solitário,
na ausência de uma meiga voz em teu ouvido,
ou quando o teu corpo se sentir vazio.
beijar-te-ei na face,
na angústia de uma cinzenta madrugada,
quando dos teus olhos se rasgar uma brilhante estrada.
quando menos esperares eu chegarei a ti!
um beijo, josé rui