
«As formas de aproximação dos indivíduos variam consoante a produção de hormonas: do impulso sexual ao amor companheiro, descubra as hormonas na origem de cada fase na relação de um casal.
"Para a satisfação do impulso sexual qualquer coisa serve", considera António Santinho Martins, endocrinologista e sexólogo. Quando se procura apenas a satisfação física, é a hora da testosterona, tanto para os homens como para as mulheres. Se, por um lado, um alto nível desta hormona parece contribuir para a predisposição sexual, depois da excitação também ajuda a preparar o corpo para a relação sexual.
Porém, o prazer que se retira de um simples impulso sexual pode resultar numa maior aproximação do casal, numa paixão a que os especialistas chamam "amor romântico". Este tipo de amor é marcado por emoções intensas, rápidas mudanças de humor e erotismo. "No amor romântico há uma fase de monomania, de obsessão pelo namorado", refere Santinho Martins.
No entanto, o sexólogo confirma que esta paixão ardente também pode ser perigosa se demorar muito tempo: "Há um grande desgaste energético. Começa-se a afastar dos amigos, da família, dos deveres familiares." E a culpa é de três neurotransmissores: o aumento de dopamina e noradernalina proporcionam energia e boa disposição. Já a diminuição da serotonina parece contribuir para o sentimento de obsessão pelo outro.
Catarina Soares, psicóloga clínica, considera que esta fase de paixão "terá a função de juntar pessoas, mas tem de ser breve devido à sua intensidade". Chegará então a altura de pôr fim à paixão. Ou porque as pessoas percebem que "não são capazes de viver juntas" ou porque se passa à fase do "amor companheiro", entende Catarina Soares. O amor companheiro é construído pelo afecto de duas pessoas que vêem as suas vidas ligadas, como é o caso de casais que estão junto há muito. Duas hormonas fomentam esta fase de vínculo. A ocitocina, chamada "hormona do amor", tem a faculdade de ligar as pessoas e de suscitar prazer. Já a vasopressina é uma promotora de fidelidade.»
Apetece perguntar: Iremos um dia tratar o amor com comprimidos?
Bem me parecia que isto do amor era coisa muito complicada...
ResponderEliminarBj
desculpa mas não pude deixar de sorrir com o nome do sexólogo - santinho?!
ResponderEliminargostei muito de ler... aprendi umas coisas mais sobre o amor.
um abraço
Como socióloga tenho uma tendência a relativizar as coisas... isto do amor (ou dos relacionamentos amorosos) entre duas pessoas não deve ser exclusivamente biologico, felizmente (ou infelizmente, não sei ). Somos seres bio-psico-sociais ( e ... acrescento:espirituais)... no entanto... acho que fiquei fã da Ocitocina
ResponderEliminar:-), ligar as pessoas e proporcionar o prazer, parece-me muito bem!
beijo