
Meu país desgraçado!...
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há céu mais alegre do que o nosso,
Nem pássaros, nem águas…
Meu país desgraçado!...
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?
Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
- busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.
E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.
Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!
Povo anémico e triste,
meu Pedro Sem forças, sem haveres!
- olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!
Um belíssimo poema, de um Sebastião da Gama que merece ser recordado.
ResponderEliminarHá este país assim, triste e abandonado. Nele vivemos lutando, e assim é porque o amamos.
Um abraço :)
Fabuloso poema...
ResponderEliminarMas neste país, agora só "há Chuva em cada canto" :-)
Um grande beijinho e bom w-end.
Sebastião da Gama, um grande educador, um homem de visão.
ResponderEliminarOlha a herança que temos. Afinal sempre fomos assim...
Bom fim de semana!!
os amigos sentem saudades. Mas vá, trabalha lá! ;)
ResponderEliminarMuito bonito sim... e ler hoje este poema... no dia da mulher ainda o tornou mais especial... fez-me pensar nos momentos em que de facto vejo nos olhos das mulheres a calada censura...
ResponderEliminarbeijinho
claudia
"pelo sonho é que vamos", não é?
ResponderEliminarum beijo
luísa
A actualidade das palavras de Sebastião da Gama. Erguer o olhar e acreditar, sempre!
ResponderEliminarObrigada pelas tuas palavras no meu recanto.
Um beijo
Chris
E MUUUUITAS saudades?
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