que haviam estendido o sedento corpo
sobre infindáveis areias
tinham os gestos lentos das feras amansadas
e o mar iluminava-lhes as máscaras
esculpidas pelo dedo errante da noite
prendiam sóis nos cabelos entrançados
lentamente
moldavam o rosto lívido como um osso
mas estavam vivos quando lhes toquei
depois
a solidão transformou-se de novo em dor
e nenhum quis pernoitar na respiração
do lume
ofereci-lhes mel e ensinei-os a escutar
a flor que murcha no estremecer da luz
levei-os comigo
até onde o perfume insensato de um poema
os transmudou em retoma e resignada ausência
(1948-1997)
Que grande riqueza possui aquele que tem Verdadeiros Amigos!
ResponderEliminarTem um bom dia Amigo Zé Rui!
Céu
Certamente, Céu, assim penso também.
ResponderEliminarE é para aumentar essa riqueza, que aqui partilho tantas coisas nas diversas mensagens que coloco. É algo que ofereço a todos, se passar ao lado de uns, será acolhido por outros novos.
Agradeço o teu comentário, gostei que aqui marcasses presença!
Um beijo
JRF
Obrigada pela partilha deste poema do Al Berto, a quem muito admiro!
ResponderEliminarPara a próxima já sabes...falas!
Beijos
Ainda que virtual, já me considero amiga por aqui...
ResponderEliminarBelíssimo.
Um beijo,
Tia
duro modo a resignação
ResponderEliminardor de alma
desalento
aperto no peito
azedo sofrimento
falta de amor
aprisonada liberdade
meu tormento
sonho desfeito
beijo sem sabor
abalo na serenidade
dificuldade na respiração
abraço
obrigada por teres estado presente, zé rui.
um abraço para a céu.
Adoro Al Berto como adoro descobrir pessoas com quem vou construindo amizades. OS AMIGOS SÃO COMO AS CRIANÇAS: A MELHOR COISA DO MUNDO.
ResponderEliminarBj
Paula Raposo, na próxima falamos mesmo!
ResponderEliminarTia_Cunhada, assim é, podes dizê-lo!
Pin, sempre a enriquecer este blogue, sempre a maravilhar-nos!
Foi uma enorme "Lição de Ternura", o lançamento do teu livro! E já que aqui falo de amigos, com pena fiquei de muitos mais não ter levado!
AnaMar, cada amigo é uma ponte para novos caminhos. Se a amizade o fôr de verdade, belo será o caminhar!