Depois do Vinho do Porto, ou talvez até a par dele, o Moscatel de Setúbal é um dos nossos grandes vinhos fortificados. Algumas garrafas vão tomando lugar na minha garrafeira, exactamente a par dos Portos! Vou coleccionando, mas todas aguardam o momento e companhia certas!
Desde algum tempo que o Moscatel de Setúbal Bacalhôa, domina o mercado da grande produção, com uma qualidade/preço imbatível (geralmente à venda passados 10 anos da colheita) (aprox. 13 €).
Mas hoje quero destacar aqui um moscatel diferente, saído das mãos de Soares Franco, um desses vinhos que tem uma produção mais limitada e que exprime o saber deste enólogo: trata-se do Domingos Soares Franco Colecção Privada Moscatel Roxo 1998 (aprox. 19 €). De aroma muito complexo, sugerindo passas, frutos secos, ameixa, algum bálsamo à mistura, tudo muito bem proporcionado. Cremoso na boca e com um longo final.
Pode provar-se também Domingos Soares Franco Colecção Privada Moscatel 2003 (aprox. 16 €): aroma muito intenso e elegante, com notas de passa de uva, figo seco, resinas, casca de laranja, num todo bastante complexo e rico. Na boca é untuoso, substancial, com sugestões de citrinos e cacau. Elegante, com um grande final, longo e cheio de aromas.
Então e o Moscatel do Douro? Perguntarão. Há ainda um longo caminho a percorrer!.. Durante muito tempo produziram-se apenas moscatéis de qualidade mediana, sem grandes pretensões, só bebíveis bem frescos (10ºC), como aperitivo. A Quinta do Portal (12€) lançou o seu reserva, já de qualidade considerável, e o conhecido Favaios lançou recentemente o seu 10 anos (16€), num lote capaz de causar já alguma surpresa.
Um conselho: O Porto Vintage ou LBV para o queijo, o Tawny ou Colheita velhos para a conversa, tal como o Moscatel velho, e o Moscatel mais recente para acompanhar a sobremesa (ligeiramente fresco, pelos 16ºC).
Os links que aqui coloco que apontam para a Garrafeira Nacional, não são inocentes! Aprecio muito esta loja, que também vende online, é especializada, e pratica preços idênticos aos das grandes superfícies!
mesmo assim continuo a apreciar o moscatel de Favaios
ResponderEliminarum beijo
Não te sabia apreciador. Nunca provei nenhum destes, mas se pudesse provava...devem ser todos óptimos! Beijinhos.
ResponderEliminarPaula, se aprecio! Basta clicar na etiqueta "Vinhos", e aparecerão as mensagens já publicadas sobre o assunto!
ResponderEliminarBeijinhos
Ontem não consegui comentar. a rede está fraca e isto...
ResponderEliminarAdorei este artigo.
Trago também um Moscatel, do Chá no Deserto, de Maio ou Junho , se não me engano.
MOSCATEL
Verde musgo
doce
melado
aliança
ouro sobre azul
olhos de espanto
deixar que o pranto te conduza a mim
oca
vazia
enjoo matinal pré-natal
em
despedidas de Verão
o toque suave da mão
(n)um beijo roubado
dentro do coração.
Sofreguidão de mim
sem nunca me teres tido
por inteiro
solidão
(desde Fevereiro?)
cai a tarde
nublada,
mesclada
no meu corpo nu.
Bj e obrigada pelo seu Moscatel. Para mim o de de Setúbal é unico no paladar e degustação.
Mas sobretudo, obrigada pela musica.
Gostei muito destas dicas e estou desejosa de gostar mais ainda destes Moscateis. Obrigada.
ResponderEliminarAnaMar, obrigado pelo teu belo Moscatel! Cai aqui que nem... ginginha! É lindo!
ResponderEliminarPaula Carvalho, bem vinda aos comentários deste blogue!
Pois é, depois de ler e conhecer... há que os provar!
confesso que não sou grande apreciadora de bebidas alcoólicas, com alguma pena minha, mas ainda vou saboreando uns néctares de favaios ou de vinho de porto
ResponderEliminarbeijos
Acredito que as sugestões sejam excelentes, mas não há nada como provar.
ResponderEliminarVinhos fortificados não são o meu forte, o que não significa que de vez em quando não caia bem algo mais intenso. :)
Prefiro os brancos, leves: Quinta da Pacheca.
Obrigada pela visita e pelas sugestões.
Abraço.