
Perguntei a um sábio,

Tive oportunidade de ver Michael Brecker na primeira edição do Seixal Jazz, em 1996. Foi um dos melhores concertos que passaram por aquela sala (Michael Brecker Group: Michael Brecker (saxofone tenor); Joey Calderazzo (piano); James Genus (contrabaixo); Jeff “Tain” Watts (bateria).
Falei deste projecto musical numa mensagem anterior.
Louvo e divulgo aqui a iniciativa do jornal PÚBLICO, de convidar 35 cientistas portugueses para lerem o «Poema para Galileo», de António Gedeão, iniciativa associada ao dia 24 de Novembro, Dia Nacional da Cultura Científica.
"Vinhos bons e em conta", pedem-me várias vezes que sugira alguns. Então aqui vai uma selecção de tintos de várias zonas do país que apresenta excelente relação qualidade/preço, já que será possível encontrá-los abaixo dos 5 Eur.:
Passaram já alguns anos mas continua presente na memória como uma das mais belas produções em que participei. Ficou a recordação em http://www.militango.net/. Aqui partilho o vídeo do tema que dava o nome ao espectáculo Militango:
"Mais do que nunca, devemos agora aprender e ensinar a arte de nadar contra a corrente, apesar de toda a nossa vontade de acompanhar o tempo (...). Cada vez se torna mais importante a educação da consciência, para torná-la directamente norma obrigatória da vida e da acção. Mais do que antes, o que importa agora é educar-se a si mesmo e a outros no sentido da conquista da verdadeira liberdade dos filhos de Deus. Quer dizer, educar a capacidade e disposição de decidir por si mesmo, responsável e conscientemente, no sentido de Deus e de levar a cabo essa decisão de forma consequente e corajosa, apesar de todos os obstáculos que se apresentem no caminho."
Todos nós já ouvimos o final da 9ª Sinfonia de Beethoven, parte coral com poema de Friedrich von Schiller, muito conhecido como o Hino da Alegria. Aqui fica a sua tradução para que melhor se entenda.
Olhando para a montanha, os menos experientes sofrem a tentação de a escalar de uma só vez: não tarda a sofrerem do mal das alturas, a falta de oxigenação sanguínea, cansaço, etc., e lá vêm por aí abaixo.
Tendo encontrado Carlos Martins (que até foi meu colega no Conservatório) entre a assistência do concerto de Cindy Blackman no Seixal Jazz, a minha amiga Carla cedeu-me um CD que me tinha passado "Do Outro Lado". "Viagens do Fado" poderia ser outro título deste disco (era esse o nome inicial), um projecto que integrou música de três continentes (Europa - América - África) partindo das influências musicais à volta do fado. Nele participam o quarteto de Carlos Martins, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa e os convidados Mayra Andrade, Ney Matogrosso, Camané e Carlos do Carmo. Óptima oportunidade de degustar esta proposta musical que embarca numa viagem pelo Fado, a Morna cabo-verdiana, o o Choro brasileiro e o Jazz.
Ao escolher um nome para este blogue escolhi, como já viram, o nome Eu conto. E porque o fiz? Há no nome dois sentidos. Eu conto porque digo o que penso. Eu conto, porque cada um de nós conta neste mundo em que vivemos. Então se Eu conto, resolvi ir contando no blogue porque assim penso.
Trauteava na cabeça uma canção de José Luís Tinoco que se tornou conhecida na voz de Carlos do Carmo:
No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida
No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E aberta uma varanda para o mundo
Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da Senhora d'Agonia e o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta de quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe o grito e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem falha
No teu poema
Existe um cantochão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano
Existe um rio
O canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra e um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta de quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do mundo
Existe tudo mais que ainda me escapa
E um verso em branco à espera do futuro
E alegre se fez triste
Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem do teu rosto
E alegre se fez triste como se
Chovesse de repente em pleno Agosto.
Ela só viu dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada.
Diário de Bordo
Cá estou eu,
a julgar que vou remando...
Cá vai Deus a remar
E eu a ser um remo com que Deus
Rasga caminhos pelo Mar...
Aconchega-te, Amor, em minha vida.
Comecei na minha juventude a ouvir o programa de rádio "Em Órbita", na Rádio Comercial. Era o meu ponto de contacto com a música erudita. Os discos deste estilo musical não abundavam lá por casa e nunca assistira ao vivo a um concerto. No entanto ia gravando algumas cassetes com obras que passavam neste saudoso programa.
Tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com Richard Egarr nos Cursos de Música Antiga da Casa de Mateus, tocando na orquestra dirigida por ele. Desde há 20 anos que acompanho o seu fabuloso percurso, em que nos tem brindado com extraordinários trabalhos. Dirige agora a Academy of Ancient Music, sucedendo ao admirável Christopher Hogwood.
Um dia para dedicar aos que já partiram. É o que a Igreja Católica nos propõem para hoje, Dia dos Fiéis Defuntos, e geralmente aceite por crentes e não crentes. Que não seja um dia vivido em tristeza nostálgica. Que seja um dia para celebrar a vida e não a morte. Um dia para esperar na vida em comunhão com todos os Santos, a extensão do que ontem, exactamente Dia de Todos os Santos, se comemorava. Deverá ser esta a diferença para os crentes. Por isso a Igreja continua a afirmar a certeza da ressurreição: Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, entre os esplendores da luz perpétua. Descansem em paz. Ámen.