Ao escolher um nome para este blogue escolhi, como já viram, o nome Eu conto. E porque o fiz? Há no nome dois sentidos. Eu conto porque digo o que penso. Eu conto, porque cada um de nós conta neste mundo em que vivemos. Então se Eu conto, resolvi ir contando no blogue porque assim penso.
Há reflexões, conhecimentos, opiniões, que devem ser partilhadas. Há quem apenas goste de o fazer numa esfera mais íntima. Foi também assim que o fiz sempre. Mas a dado momento comecei a perceber que as minhas modestas ideias poderiam contar para mais alguém. Hoje recebo mensagens de pessoas que nem conheço, dizendo que as minhas palavras, a minha escolha de poemas, de CDs, foram importantes para elas. Então não seria importante se todos nós falássemos mais uns com os outros? Quantos há com qualidades e capacidades muito superiores às minhas que deixam as suas palavras por dizer? E mesmo os mais simples e humildes, que histórias de vida não encerram neles e que ficam por contar?
Há reflexões, conhecimentos, opiniões, que devem ser partilhadas. Há quem apenas goste de o fazer numa esfera mais íntima. Foi também assim que o fiz sempre. Mas a dado momento comecei a perceber que as minhas modestas ideias poderiam contar para mais alguém. Hoje recebo mensagens de pessoas que nem conheço, dizendo que as minhas palavras, a minha escolha de poemas, de CDs, foram importantes para elas. Então não seria importante se todos nós falássemos mais uns com os outros? Quantos há com qualidades e capacidades muito superiores às minhas que deixam as suas palavras por dizer? E mesmo os mais simples e humildes, que histórias de vida não encerram neles e que ficam por contar?
Por ser dia de S. Martinho lembrei-me do meu avô materno, Eduardo, o Sr. Lopes, como era conhecido em Bragança. Neste dia assava deliciosas castanhas à lareira, com um saber e empenho como se fosse essa a sua profissão. E enquanto nos deliciávamos com as tostadas sementes saídas do ouriço, contava-nos as suas histórias, transmitia-nos oralmente o seu testemunho de uma vida, ensinava-nos os valores que fizeram dele um homem respeitado em toda a cidade onde vivia; um simples soldado da Guarda Fiscal mas muito considerado, desde os humildes vizinhos (de quem chegava a ser "enfermeiro"!) até aos coronéis que serviu com lealdade.
Sim amigos, mesmo o cidadão mais anónimo conta. Não importa o que cada um é na vida, conta muito mais a forma como o é.
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