Ergo uma rosa, e tudo se ilumina
Como a lua não faz nem o sol pode
Cobra de luz ardente e enroscada
Ou vento de cabelos que sacode
Ergo uma rosa e grito a quantas aves
O céu pontuam de ninhos e de cantos
Bato no chão a ordem que decide
A união dos demos e dos santos
Ergo uma rosa um corpo e um destino
Contra o frio da noite que se atreve
E da seiva da rosa e do meu sangue
Construo perenidade em vida breve
Ergo uma rosa e deixo e abandono
Quanto me doi de mágoas e assombros
Ergo uma rosa sim e ouço a vida
Neste cantar das aves nos meus ombros
Conhecido o poema e seu autor, descobri agora um cantor e uma bailarina que lhe deram mais vida: Luis Pastor e María Pagés
A versão de Luis Pastor:
fantástico.muito obrigada
ResponderEliminarMariana, algumas vezes vou eu à procura das coisas, outras vezes vêm elas até mim. E se as encontro gosto de as partilhar. É isso que me dá alento para manter este espaço.
ResponderEliminarBeijinho
Zé Rui
não se consegue ver o filme, mesmo no youtub...
ResponderEliminarReforço a opinião anterior: a poesia dele é tão "violenta" como a prosa. Eu sou menina de prosas, mas é impossível ficar insensível ao poema.